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Microagulhamento capilar: o que é e como funciona

Uma das queixas mais comuns no consultório é a queda de cabelo e umas das perguntas mais frequentes é: "Qual o tratamento mais eficaz?". A resposta é sempre a mesma: depende do que estiver causando essa queda. Cada caso é um caso!

Isso porque antes de combater o "problema" propriamente dito, cabe ao especialista identificar a sua origem e indicar o melhor tratamento para cada paciente com protocolos individualizados.

Portanto #ficaadica: na queda de cabelo fuja de "entendidos" e vá direto ao Dermatologista com especialização em Tricologia, a especialidade que faz a prevenção, diagnóstico e tratamento de patologias, tanto dos fios quanto do couro cabeludo.

Dentre as mais eficazes opções de tratamento está o Microagulhamento Capilar, veja o por quê:

1. O que é o microagulhamento capilar?

O Microagulhamento Capilar é um procedimento pouco invasivo e de recuperação rápida.

Ele é realizado através de um aparelho conhecido como "roller" (dispositivo cilíndrico com microagulhas), que faz várias microperfurações no couro cabeludo com o objetivo de estimular a produção de fatores de crescimento que induzirão o crescimento e engrossamento dos fios.

Além disso, ele possibilita o “Drug delivery”, que é a aplicação de ativos (medicamentos e vitaminas) que são entregues diretamente nas camadas mais profundas da pele, ao redor do folículo piloso, onde atuam com mais eficácia.

2. Como é feito o microagulhamento capilar?

Iniciamos com uma rigorosa assepsia da pele.

Apesar de ser um procedimento geralmente bem tolerado, usamos um bloqueio anestésico para trazer mais tranquilidade para o paciente.

Após essa etapa, começamos o procedimento propriamente dito, que consiste em movimentos controlados de vai e vem com o “roller”, resultando em microperfurações no couro cabeludo e consequente vermelhidão e/ou sangramento discreto na região da coroa do couro cabeludo (“topo da cabeça”).

Imediatamente após é realizado o “Drug delivery”, que possibilita que medicamentos previamente definidos (como minoxidil, dutasterida e vitaminas como a biotina), sejam aplicados no couro cabeludo, na "raiz do problema", para que haja a estimulação do crescimento de novos fios de cabelos e engrossamento dos existentes.

3. Indicações do microagulhamento capilar

Geralmente indicamos no tratamento coadjuvante da Alopécia Androgenética, uma forma de queda de cabelos geneticamente determinada, que resulta em afinamento dos fios, causando a calvície nos homens e áreas de rarefação capilar difusa nas mulheres.

4. Quanto tempo dura o tratamento de microagulhamento capilar?

Geralmente são necessários 3-5 sessões, com intervalo de 30 dias e manutenção a cada 4 ou 6 meses. Porém cada paciente responde de uma forma, sendo necessário protocolos individualizados de tratamento.

5. Em quanto tempo é possível ver os primeiros resultados do microagulhamento capilar?

Essa é outra pergunta que escuto com frequência, pois geralmente a queda capilar traz, a reboque, uma ansiedade natural!

Infelizmente, não existe milagre, mas após as 2ª ou 3ª sessões já é possível observar uma melhora.

O que importa é tratar a causa do problema e ter disciplina para seguir o tratamento proposto pelo especialista. Os cuidados realizados pelo paciente indicados pelo especialista fazem toda a diferença e são diretamente responsáveis pela eficácia da abordagem proposta.

6. Quais cuidados devem ser tomados no pré-procedimento?

• Paciente deve comparecer com couro cabeludo limpo e seco.
• Não realizar tintura na semana do procedimento.

7. Quais cuidados devem ser tomados no pós-procedimento?

• Não lavar a cabeça no dia do procedimento (lavar em 12h);
• Evitar exposição solar direta (praia e piscinas) por uma semana;
• Suspender o uso de medicamentos tópicos para a queda de cabelos por 48 horas;
• Não expor a outros produtos (gel, cremes para pentear, spray, shampoo a seco) até a lavagem;
• Não é necessário ocluir.

8. Contraindicações do Microagulhamento Capilar:

• Gestantes ou mulheres que estejam amamentando;
• Dermatites inflamatórias no couro cabeludo, como “caspa”;
• Infecções no couro cabeludo, como foliculites;
• Eflúvio telógeno agudo (queda de cabelo relacionada às seguintes situações: pós-parto, pós-covid, anemia, distúrbios da tireoide, dentre outras causas de ETA);
• Alergia ou contraindicação à medicação a ser aplicada.

Importante lembrar que os procedimentos são tratamentos complementares, eficazes, com resultados mais rápidos e evidentes.

E que nenhum procedimento capilar funciona sem o compromisso do paciente, como uso das medicações prescritas para casa!
Dra. Juliana Franco Médica Dermatologista
Dra. Juliana Franco Médica Dermatologista
CRM-MG 50579 | RQE 45949 Membro SBD e SBCD Formação: Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) Pós-graduação em Dermatologia pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais - MG Graduação em Medicina pela Universidade de Vassouras - RJ Cursos: Dermatologia Cosmética pelo Instituto Azulay da Santa Casa do Rio de Janeiro - RJ Tricologia pela Universidade de Mogi das Cruzes - SP

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